Nova patologia causada por uma modificação genética da família do vírus Coronavírus, descoberto em dezembro de 2019, sendo então chamado de SARS-CoV-2.
Normalmente, as pessoas se infectam ao longo da vida (em geral, na infância) com outras variáveis mais brandas da família Coronavírus. Em geral, não apresentam sintomas ou quando apresentam, trata-se apenas de uma sintomatologia respiratória leve.
Os sintomas deste novo coronavírus (COVID-19) acometem mais o sistema respiratório, podendo variar desde sintomas leves ou até mesmo desencadear insuficiência respiratória e sepse grave.
Vale ressaltar que cerca de 30% dos casos de COVID-19 são acompanhados de sinais e/ou sintomas neurológicos.
A maneira como o novo coronavírus atinge o sistema nervoso (central e/ou periférico) pode ser, basicamente de três formas:
(1) Através da via sanguínea (atravessando a barreira hematoencefálica); ou
(2) Sendo carregado pelas células de defesa (os linfócitos) ou;
(3) Através da propagação pelo axônio (célula nervosa), adentrando na célula nervosa através do receptor da enzima conversora de angiotensina.
O quadro clínico mais comum do acometimento neurológico na COVID-19 é a perda do gosto da comida (paladar) e do olfato. Outra manifestação neurológica frequente seria a diminuição do nível de consciência, confusão mental ou mesmo o coma.
A COVID-19 pode ser responsável no cérebro por uma patologia isquêmica ou hemorrágica (“AVC”), promovida pelo adoecimento do endotélio vascular, causando alteração da coagulação.
Em algumas situações, o coronavírus (COVID-19) provoca quadro de meningite ou raramente pode ainda evoluir com encefalite hemorrágica necrotizante, onde ocorre destruição de partes do cérebro, com um contexto clínico mais exuberante e dramático. Provavelmente, provocado por descarga citocinérgicas, ou seja, devido a uma defesa exacerbada do organismo ao coronavírus.
O coronavírus (COVID-19) pode também ser responsabilizado por descarga elétrica anômala/errática, ocasionando uma crise convulsiva (“epilepsia”) ou rebaixamento do nível de consciência (“estado de mal epiléptico”). Por vezes, o comprometimento respiratório é causado não só pelo dano ventilatório mecânico do pulmão, mas também por uma associação de efeitos do coronavírus sobre o centro respiratório no sistema nervoso central que comanda o “drive respiratório”.
Quando o coronavírus (COVID-19) acomete as células nervosas periféricas (nervos periféricos), pode gerar uma síndrome desmielinizante parecida com a Síndrome de Guillain-Barré (perda de força nas pernas); além disso, pode ocasionar também sintomas como: dor muscular e distúrbio da sensibilidade.
O diagnóstico pode ser obtido por exame de imagem (ressonância magnética nuclear ou tomografia computadorizada) do encéfalo, eletroencefalograma, mapeamento cerebral, vídeo-eletroencefalograma ou pesquisa do coronavírus (PCR) no líquor.
O protocolo terapêutico sofre constantes ajustes, pois ainda está em fase experimental, como o uso da: cloroquina, hidrocloroquina, corticóides ou associações com antibióticos como a azitromicina. O quadro neurológico precisa ser direcionado ao quadro em questão. Se há crise convulsiva, por exemplo, é utilizado anticonvulsivantes.
Mao L. et al; Neurological Manifestations of Hospitalized Patients with Coronavirus disease 2019 in Wuhan, China. JAMA Neurol. Published online April 10, 2020.
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