A Neuralgia do trigêmeo ou trigeminalgia, também conhecida como tic douloureux ou prosopalgia é uma doença caracterizada por dor lancinante na face nos territórios do nervo trigêmeo. Geralmente existem fatores desencadeantes da dor e costuma acometer um lado da face, acometendo mais as mulheres.
A pulsatilidade da artéria em cima do nervo pode desencadear a dor. O melhor exame de imagem para confirmar o diagnóstico é a Ressonância Nuclear Magnética do crânio.
Existem muitos tratamentos para esta enfermidade. O tratamento medicamentoso considerado mais eficaz é a Carbamazepina. Outras medicações usadas são: Clonazepam, Topiramato, Oxcarbamazepina e Gabapentina.
Quando o tratamento clínico falha, pode-se tentar a cirurgia. Os tratamentos cirúrgicos mais empregados são:
a) Neurotomia Retrogasseriana por Radiofrequência: consiste na introdução percutânea de um eletrodo até o gânglio trigeminal (região a ser tratada pela radiofrequência). Tem sido um método bastante popular. Entretanto, tem alguns riscos como a hipoestesia de córnea que pode resultar em ceratite e ulceração da córnea.
b) Microdescompressão Neurovascular: é um método cirúrgico convencional, onde o paciente sob anestesia geral será submetido a abertura do crânio na região occipital (nuca). Com isso poderá ser separado o nervo trigêmeo da artéria pulsante. A recidiva com esta cirurgia pode ser de 30% em cinco anos.
c) Microdescompressão do gânglio trigeminal com balão: é uma técnica percutânea que promove a compressão do gânglio trigeminal com um balão. Apresenta menos desvantagens, pois permite alívio da dor em qualquer divisão do nervo trigêmeo, baixo custo e simplicidade operacional. Com índice de mortalidade zero e morbidade baixa. Atualmente é a melhor técnica para o tratamento da Neuralgia do trigêmeo.
As orientações contidas aqui têm como objetivo único oferecer informações gerais aos pacientes. No entanto, o mesmo não visa substituir a consulta médica presencial com o médico especialista responsável, como também, não visa qualquer tipo de diagnóstico prévio. A linguagem foi adaptada para a compreensão do paciente.
Fonte: Paulo Wagner-Neurocirurgia: CRM/CE 9404 • RQE 5361